Meu corpo caído,inerte no chão gelado,estava vendo tudo muito cinza em câmera lenta e com pó nos lábios,um gosto de asfalto que me embrulhava o estômago.
Eu não sabia o que fazer,não tinha forças pra levantar,sentia meu corpo pesado,parecia que aos poucos se decompunha ali,parecia que milhões de bactérias haviam se instalado em mim e se alimentavam sem pressa de cada parte do meu corpo.Eu sentia aquela dor fraca,mas constante.Sabia que ela acabaria comigo,mas não sabia como reagir,não havia como reagir.
Sem mais nada a fazer,comecei a pensar na minha vida,em tudo que fiz,em tudo que deixei de fazer..meus olhos pesavam muito,por isso deixei-os suavemente se fecharem.Não sei ao certo a hora,mas era madrugada.Ouvia vez por hora um carro passar correndo e deixar como rastro seu cheiro forte de cachaça.
Fiz um filme da minha vida e vi o quanto errei,o quanto acertei..lembrei de domingos ensolarados,de segundas de chuva,lembrei do milagre da vida,lembrei da dor da perda,lembrei de sorrisos,lágrimas,abraços,tapas..um furacão de emoções que me acompanharam a vida inteira.
Naquele momento não sabia ao certo o que sentia.Na verdade,acho que não sentia nada,já estava anestesiada e procurava coisas para ocupar o pouco tempo que me restava.
Via o dia amanhecer,poderia ser o último que veria,lembrando quantas vezes dei a mão pra quem precisava,lembrando que passei a vida toda tentando me virar sozinha,recusando a ajuda de quem gentilmente me cedia a mão.Mão essa que se estendida naquele momento,quem sabe,salvaria minha vida.
Mt bom, mas parece incompleto...
ResponderExcluiré pra exercitar sua imaginação.
ResponderExcluirMais uma história sem fim!
Uhmm, tá bom. Aguardo o próximo post =)
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