quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Detalhes tão pequenos de nós dois.

Acho que é bem assim que eu vejo meu futuro: escrevendo de madrugada com uma xícara de chocolate quente na mão. Sei lá, pra alguns é meio monótono, alguns preferem estar chegando bêbados e fedidos essa hora em casa, mas eu não. Também não to dizendo pra você largar tuas baladas e virar uma louca assim como eu. Só que eu acho que sempre fui assim, sempre gostei de escrever, sempre preferi escrever sozinha, sempre preferi um chocolate quente a uma tequila pra esquentar. Acho que é meio da pessoa, né? Sempre fui muito observadora, muito crítica e muito detalhista e isso me ajuda muito a escrever.

É por isso que quero falar destas pequenas coisas que passam desapercebidas, dos detalhes. Passou agora na minha cabeça, eu não acredito muito em “ah, é o amor da minha vida!” mas você que acredita já imaginou que pode ter passado por ele(a) algumas vezes e não sabe? Já parou pra pensar que nós podemos ter nos esbarrado por aí várias vezes e nunca nos conhecemos realmente? Já parou pra pensar em quantas noites lindas você deixou de apreciar talvez por pressa, talvez por descuido, ou então porque tava na balada tomando tequila e chegou em casa tão bêbado e fedido que não lembra de nada? Eu sou uma amante dos detalhes, eu acho que são os detalhes que tornam os momentos inesquecíveis, seja porque foi mágico ou porque foi um desastre. Comum é uma palavra que pouco uso, nada ou ninguém costumam ser comuns pra mim. Ainda que reviva a mesma coisa várias vezes, serão diferentes graças aos seus detalhes que não serão nunca os mesmos. O céu, por exemplo, eu acho o céu um espetáculo a parte, gosto de observar suas cores, seus formatos, seus tons, seus sons, seus gostos. É sim, papo de maluco, mas pra mim, não só o céu, mas tudo tem cores, sabores, sons, formatos, tudo me provoca sensações.

Sei lá, eu não gosto muito de indicar as coisas para as pessoas, não sou muito de dar conselhos porque eu não sou a pessoa mais normal e com as ideias mais sensatas pra isso, mas costumo dar minha opinião, dizer o que eu acho para que assim você, não tome para si a minha verdade, mas descubra a sua. Perceba os detalhes, sinta sua magia, passe a valorizá-los, perceba que as coisas estão em constante mutação, nada é sempre igual.

Por hoje é só,
Dayana Nóbrega.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

ouço o sino, sinto o vento e vejo os sonhos.

* fim de férias, Lemondrops tá de volta. Esse ano o blog vai mudar um pouco, os posts vão ser mais diferentes e vou dar uma personalizada no blog.. mas vou começar o ano com um clássico. Boa leitura ;)

Não vejo estrelas, mas vejo o céu sereno e simples, exatamente como eu imaginava. Vejo duas pequenas palmeiras e uma praça Iluminada. Não sinto vontade de descrever esta cena e sim cantarolá-la, o vento rege os sinos, o vento rege a minha sina. Veja o sujo tão lindo, vejo o comum, o ordinário tão especial, o mau cuidado torna-se arte aos meus olhos. Vejo uns vasinhos de plantas murchas e o jardim do paisagista, a grama do vizinho é sempre mais verde!

Sinto frio, sinto o vento frio entrando na janela e fazendo com que eu não me sinta em mim. Fecho os olhos atentos e abro minha memória esquecida, me vejo pegando impulso naquele balanço enferrujado, vejo-me subindo as árvores com folhas verdes por onde corre o vento, corre pelo meu cabelo. Eu sorrio.Minha voz sai sem que eu entenda ao certo os barulhos que ela propaga, meu corpo acompanha, meus braços deslizam no ar e meus pés flutuam no chão. Sinto-me tomada por algo que não sei escrever, cantarolar, desenhar ou imaginar. Sei sentir, e apenas sinto.

Deixo-me levar, deixo-me ser tomada, ser regida, dominada por essa força mágica. Descubro o porque de não ver estrelas no céu, vieram todas parar nos meus olhos, no meu sorriso, vieram iluminar meus sonhos.