domingo, 8 de novembro de 2009

Cúpido Cupido.

Meus olhos vermelhos não eram de sono, mas de lágrimas. Olhos que você não viu, olhos que você nunca parou para reparar, lágrimas que você me fez derramar, ato que não te incomoda, não te comove. Meus lábios trêmulos não eram de frio e sim de desejo, desejo de um amor, desejo de um amigo, desejo de alguém, desejo de você, desejo censurado. Não importava por quanto tempo, eu precisava de você naquele momento porque eu tenho certeza que aquele momento duraria pra sempre. Meu corpo gritava por você, meu coração chamava pelo teu nome, eu precisava de você, não importa se com um beijo demorado, um abraço de amigo ou um ‘eu te amo’ que não fora dito. Não fora dito, mas eu o precisava. Eu o precisava como uma criança precisa de uma mãe. Eu precisava de um ‘eu te amo’ de amigo, um ‘eu te amo’ de amor, um ‘eu te amo’ de verdade.

Agora me entrego à falta, a falta causada pela sua ausência, sua ausência de palavras, sua ausência de ações e sua ausência de sentimentos. Foi involuntário, mas agora, voluntariamente, não quero mais perdê-lo, preciso que você queira-o, que o aceite, querido. Confio-te meus sentimentos, você parece destruí-los com um punhal. Confio-te meu sorriso e você parece sentir prazer em apagá-lo do meu rosto. Confio-te minha confiança, meu bem maior, e você a logra. Eu resisto, insisto, persisto. Não adianta, parece que cada dia se importa menos com isso, parece ser cada dia um problema menos teu. Mais que meus sentimentos, mais que meu coração, minh’alma já está despedaçada e não sei mais o que há para que você destrua em mim. Pena estar tão distante em corpo, alma e coração, pena ser só porque você quer e não porque hajam impossibilidades, porque essas venceríamos juntos.

Eu te amo de todo coração, você me repele com toda a razão. Em meio à dor, à vontade de gritar, eu permito que a lágrima caia e baile em mim, conhecendo cada pedaço do meu rosto e quebrando o silêncio, o silêncio da tua ausência, o silêncio da minha solidão, solidão que me parece tão mais agradável se com você. Não é minha culpa, não é sua culpa, é culpa do cúpido cupido, sempre ele.

3 comentários:

  1. Quase choro com seu post.
    Cada palavra e combinação de letras com a verdade, quase sempre nós mesmos não queremos aceitar.
    Perfeito, parabéns, estou te seguindo e já lhe adicionei à minha lista de blogs. (:

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  2. Meu seu blog é espetacular, show, not°10 desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminhos e da sua família um grande abraço e tudo de bom
    Ass:Rodrigo

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  3. é lindo quando uma palavra se encaixa perfeitamente em outra formando uma linda frase ou conto, isso aqui está muito bom :D parabéns

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Comentários serão sempre lidos com muito respeito, o mesmo respeito que eu espero que os leitores do Lemon Drops usem. O bom senso forma uma opinião sensata e faz o bom crítico!