quinta-feira, 9 de julho de 2009

bem vindo ao meu caminho!

Eu bati a porta e saí correndo: passei por meninas pulando corda,passei por um bar que cheirava a derrota,pulei algumas pedras machucadas,e ainda não cheguei onde eu queria. Meu caminho não é tão longo,mas eu insisto que já sei o suficiente para andar sozinha. Parei um pouco para beber algo. Cachaça? Não obrigada,me vê um refrigerante. Enquanto tomava aquele líquido adocicado e gelado,dei alguns suspiros e pensei sobre o que refletir naquele momento: poderia pensar no caminho todo,nas últimas duas horas,na porta que eu bati antes de começar a correr ou na pedra que acabei de saltar. Vi que eu tenho um repertório vasto de histórias,por isso que hoje eu vou contar algo para vocês.

Meu nome? O mesmo de algumas pessoas espalhadas pelo mundo. Minha idade? Eu a conto diferente de você,mente medíocre e limitada: não importa há quantos anos eu nasci,importa quanto tempo eu já vivi. Por isso,dizer que já vivi muito é o suficiente. Eu gosto de ser. Sim,ser. Eu vim mudando o que sou desde que comecei a caminhar até agora e agora...agora eu não sei quem sou. São tantas de mim que fica complicado achar a original. E eu tenho até o fim do caminho para isso,se até lá não achar..bom,se até lá não achar eu não sei o que vai acontecer,mas acho que não vai ser legal. Se quer saber,eu não sei quando o caminho vai acabar. Por isso que não posso demorar muito com esse refrigerante calórico e inútil.

É uma corrida contra o tempo,eu preciso caminhar,eu preciso mudar,eu preciso descobrir,eu preciso seguir esse caminho o mais rápido que puder,mas aproveitando cada centímetro que percorro. As vezes erro o caminho,já me perdi em becos, pontes, penhascos, cachoeiras, montanhas e barrancos que até Deus duvida. Tenho que tomar muito cuidado com os retornos espalhados por aí,eles fazem a gente ter que andar mais ainda. Mas uma hora ou outra alguma coisa me diz que eu to errada e volto pro caminho que tenho que tenho que seguir. Eu ainda não sei o que tem no final,não sei como vou saber que acabou,mas ainda assim eu quero seguir,ainda prefiro que me doam os pés do que ficar parada olhando o sol nascer e se pôr do mesmo lugar com esse refrigerante que já não está tão gelado.

Sabe,já encontrei muitas pessoas nesse caminho e o fim do caminho de umas foi no meio do meu. Gostaria muito de saber se elas estão bem,porque as vezes eu sinto falta delas. Outras apenas se despediram em uma bifurcação dessas e continuam seguindo. Algumas vezes já esbarrei com algumas de novo,outras não sei por onde andam.

O papo está bom,mas acho melhor a gente ir andando,porque já está ficando tarde. Você vai por aqui mesmo comigo,ou nos vemos em uma próxima vez?

2 comentários:

Comentários serão sempre lidos com muito respeito, o mesmo respeito que eu espero que os leitores do Lemon Drops usem. O bom senso forma uma opinião sensata e faz o bom crítico!