terça-feira, 20 de outubro de 2009

um novo ente modificado relativamente ao estado original. Traduzindo: Transformação.

Eu levanto da cama e me olho no espelho. Troco a camisola por um vestido justo e as meias por salto alto. Tiro a remela dos olhos e ponho no lugar delas uma maquiagem esfumaçada, troco o gosto de sono da boca por balinhas de hortelã. Se não faço isso de corpo, faço de alma e principalmente de coração. Não fui feita para passar o dia na cama pensando em quem eu sou e o que devo fazer para conseguir o que quero. Eu quebro tudo na pista de dança. Se não o faço, quebro pelo menos o gelo que havia em mim e mando embora com ele a culpa que me torturava. Sou mais bonita. Se não por fora, por dentro. Se não sou mais bonita, sou mais livre. Se não sou, gostaria de ser, estou tentando ser. Meu corpo está quente e o suor escorre. Se não é assim, estou com o corpo frio resultante de um banho gelado e as gotas escorrem porque não me sequei direito, para não sentir calor (e ficar resfriada).

A verdade é que não mudei nada por fora: cheguei agora em casa e antes de um banho gelado, camisola larga, remela nos olhos e gosto de sono na boca, me joguei sentada na cama com o notebook e tenho que suportar a calça jeans, a camisa pólo, o rosto maquiado e o gosto de fast food na boca, porque eu precisava escrever. Se não para você para mim, para perceber que mesmo quando eu digo que não mudei por fora mudei minha forma de ver as coisas e a forma com que pretendo vive-las daqui pra frente. Eu pretendo pensar mais em mim, ser ainda mais egoísta (veja pelo lado bom, vocês terão ainda mais motivos pra me criticar porque vou piorar dia após dia). Pretendo cortar definitivamente relações com o amor, porque ele só tem me dado dor de cabeça. Estou pensando seriamente em esquecer o que chamo de amigos e de parar de ser mentirosa, porque sei que nunca conseguirei isso. Decidi dançar mais. É, dançar, soltar a franga em casa e quebrar tudo no banho enquanto escuto a música do meu computador (viu só, não preciso de vestidinho, salto alto, maquiagem nem balinhas de hortelã pra isso!). Eu só quero me libertar, as vezes acho que estou sendo responsável demais, as vezes tenho certeza disso. As vezes quero dar a louca e sair por aí fazendo o que der na telha, quase sempre quero ser menos racional, mas no fundo isso é uma das coisas que mais admiro em mim. Quero ser mais sentimental, mas odeio pessoas assim. Quero odiar todo mundo e amar somente a mim mesma, mas eu sou uma manteiga mole.

Eu quero sentir, mas não consigo não querer entender o que sinto, e por pensar sei que certas coisas não conseguiram entender. Por isso, eu não sei explicar o que estou sentindo, parece uma revolução dentro de mim, uma luta que mais parece música de nx zero, é uma coisa meio que “entre razões e emoções” e dessa vez eu tenho que dar razão pra esse bando de emo o qual já fiz parte, a saída é fazer valer a pena!

Um comentário:

  1. "Eu quebro tudo na pista de dança."
    Faça a louca. Não pense muito, apenas faça. Arrisque-se.

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Comentários serão sempre lidos com muito respeito, o mesmo respeito que eu espero que os leitores do Lemon Drops usem. O bom senso forma uma opinião sensata e faz o bom crítico!